O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou ao fim da votação que rejeitou a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) o que deve ser a prioridade da agenda do Congresso nas próximas semanas: a reforma da Previdência.
“Temos hoje um sistema que é deficitário e a gente precisa acabar com os privilégios. A Previdência é hoje o maior programa de transferência de renda do país, daqueles que ganham menos para aqueles que ganham mais”, ironizou Maia, em referência à facilidade que servidores públicos têm para se aposentar cedo e com altos salários.
Veja também: Como foi a votação que rejeitou a denúncia contra Temer
Segundo ele, o objetivo agora é debater uma reforma mais enxuta que foque em dois pontos: o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria e o fim dos privilégios no setor público. “A gente tem que ter a coragem para continuar discutindo isso, com todo o desgaste que possa gerar”, afirmou o presidente da Câmara, em entrevista coletiva à imprensa.
Maia também citou a urgência de se aprovar medidas que melhoram a segurança pública no país e a reforma do sistema elétrico.
Sobre a relação com Temer, Maia falou que em nenhum momento usou a presidência da Câmara para influenciar na análise da denúncia e que agiu conforme sua consciência.
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