O relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse em nota que não há mais espaço para aprovar a proposta no Congresso Nacional. Segundo ele, é hora de “arrumar a casa e esclarecer os fatos obscuros”. Na semana passada, quando a comissão concluiu a votação do texto final da reforma, derrubando todos os destaques, Maia tinha dito ter certeza que as mudanças na aposentadoria seriam aprovadas pelos parlamentares.
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“De ontem para cá, a partir das denúncias que surgiram contra o presidente da República, passamos a viver um período crítico, de incertezas (...) Certamente não há espaço para avançarmos com a reforma da Previdência no Congresso Nacional”, diz o deputado na nota.
No texto, ele acrescenta ainda que é preciso responder “a todas as dúvidas do povo brasileiro” e punir os culpados porque a lei deve valer para todos os brasileiros.
Reforma trabalhista
Além de desencadear uma grave crise política, a sequência de denúncias contra o presidente Michel Temer atingiu em cheio as reformas trabalhista e da previdência, meninas dos olhos do governo. O calendário da reforma trabalhista, que está tramitando em duas comissões no Senado, está suspenso. A da Previdência ainda deveria passar pela votação no plenário da Câmara ainda este mês, segundo os mais otimistas, mas a própria equipe econômica do governo descarta qualquer chance de aprovação.
O movimento para suspender a tramitação da reforma trabalhista no Senado partiu do relator da matéria, em duas comissões, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Ele informou que não vai mais entrar o parecer do projeto conforme calendário previsto. O senador argumenta que a crise institucional é tão grave, que a reforma se tornou “secundária”.
“Na condição de relator do projeto, anuncio que o calendário de discussões anunciado está suspenso. Não há como desconhecer um tema complexo como o trazido pela crise institucional. Todo o resto agora é secundário”, afirmou. O senador divulgou nota, por meio de assessoria, em que defende que é necessário priorizar uma solução para a crise, para só depois debater temas como a reforma trabalhista.
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