Logo que chegou a informação da derrota do governo na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, que rejeitou o substituto do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) da reforma trabalhista, deputados da oposição comemoraram no plenário da Câmara. A inesperada vitória pegou os parlamentares de surpresa, que passaram a improvisar discursos de celebração do resultado. Poucos governistas se manifestaram.
No embalo, deputados da oposição pediram “Fora Temer” e diretas já. “Foi uma vitória dos trabalhadores. Não pode ser aprovada essa perversidade. É o sinal de um governo em queda”, disse Ivan Valente (PSOL-SP).
O deputado Silvio Torres (PSDB-SP), secretário-geral da legenda, minimizou a derrota no Senado e disse que o governo vai virar esse placar. “Esse resultado de forma alguma vai impedir que as mudanças necessárias ocorram, que a modernização das leis trabalhistas ocorram”, disse Torres.
Deputados de todas legendas da oposição discursaram e festejaram. “Essa derrota foi maravilhosa. É uma derrota do presidente Temer e os parlamentares estão percebendo que a canoa furou. Não dá para fazer o jogo do fisiologismo com uma eleição na porta em 2018”, disse Décio Lima (PT-SC).
Mesmo deputados do PMDB criticaram o governo. Foi o caso de Celso Pansera (RJ), que votou contra a reforma na Câmara. “Essa derrota no Senado é o reflexo da crise política instalada e que impede a construção de uma maioria”, disse.
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