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Senador Ricardo Ferraço (PSDB). | Geraldo Magela/Geraldo Magela/Agência Senado
Senador Ricardo Ferraço (PSDB).| Foto: Geraldo Magela/Geraldo Magela/Agência Senado

O Senado não está em recesso e a pauta tem de andar, mesmo sendo incerta a continuidade do PSDB no governo. Essa foi a mensagem do senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES), relator da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Na manhã desta terça-feira (23), Ferraço apresenta seu relatório sobre a reforma trabalhista, com recomendação de vetos em alguns pontos que foram aprovados na Câmara dos Deputados.

A leitura do relatório será seguida por pedido de vista coletivo dos senadores e Ferraço não traçou uma previsão sobre a tramitação do projeto. Diferentemente da velocidade que marcou a votação da reforma trabalhista na Câmara, o ritmo das mudanças nas leis trabalhistas agora deve ser bem mais lento, dependendo inclusive dos desdobramentos da crise política para seguir.

Integrante da base aliada ao presidente Michel Temer, Ferraço admitiu que algumas lideranças de seu partido – ele inclusive – defendem que o PSDB entregue os cargos no governo Temer. Porém, Ferraço afirma que a crise institucional que atinge o país após a divulgação da delação do grupo JBS envolvendo o presidente da República não reduz a necessidade da aprovação de reformas.

“Não é o momento de nós apostarmos no quanto pior melhor, tem muita gente apostando nisso para tirar proveito, de forma conveniente, da crise, sem pensar na população. O recesso que querem impor ao senado é incompatível com a conjuntura que o nosso país está vivendo”, afirmou o senador, ao chegar na CAE.

Sobre o PSDB, Ferraço destacou que mesmo perante a indefinição do partido em seguir compondo o governo Temer, as reformas devem seguir contando com o apoio dos tucanos. “Algumas lideranças, como eu, defendem que o partido deva sim deixar o governo e entregar os ministérios. O fato disso não significa que não estejamos aqui no Congresso apoiando as reformas. Não há consenso ainda no partido (sobre saída do governo), vamos continuar refletindo sobre a gravidade da crise”, disse.

O projeto seguirá para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Entre os pontos que Ferraço deve recomendar veto está a jornada intermitente. Para ele, esse ponto, aprovado na Câmara, deve “ser uma exceção e não uma regra”.

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