Depois da repercussão negativa da destinação de R$ 3,6 bilhões para campanhas eleitorais em 2018, os congressistas buscam uma solução para financiar as campanhas políticas, mas sem abrir mão do financiamento público. O relator da reforma eleitoral, deputado Vicente Cândido (PT-SP), disse que, depois do "susto" com a opinião pública, os deputados estão mais realistas e aceitam reduzir o valor inicialmente proposto, de 0,5% das receitas orçamentárias, o equivalente a R$ 3,6 bilhões.
Uma emenda a ser apresentada nesta quarta-feira (16) deve rever isso e delegar ao Congresso a tarefa de definir o valor do fundo eleitoral para cada eleição. Para Cândido, R$ 2 bilhões seria um valor "razoável" e ele trabalha com essa redução. A possibilidade de aprovar o fundão sem estabelecer qualquer porcentual também está na mesa.
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"Era uma ousadia, muito desproporcional. Cada eleição vai ter seu orçamento. Uma comissão específica irá fazer um estudo do orçamento para 2018, para 2020 vai ser outro tipo e para 2022 outro tipo ainda. Teremos experimentos nas próximas três ou quatro eleições", disse Cândido. "Depois do susto que tomaram com a repercussão do fundo, espero que fique dentro de um valor razoável. Dois bilhões é um valor razoável", completou o relator.
Já o sistema eleitoral enfrenta grande resistência, mas ainda se tenta um acordo. Deputados contrários ao “distritão”, sistema que elege apenas os mais bem votados, enfrenta oposição, mas aceitam alguma negociação que passe pela adoção do distrital misto em 2022. Mas não seria qualquer distrital misto, e, sim, o adotado na Alemanha, um modelo que utiliza a chamada lista fechada, na qual o eleitor vota num grupo de candidatos escolhidos por partidos. Mas, nesse tipo de distrital, se vota também em candidatos isolados.
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