O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tentou capitalizar politicamente a agressão que sofreu na tarde de quinta-feira (17), em Ribeirão Preto (SP). Uma militante do PC do B quebrou um ovo no peito do parlamentar enquanto ele dava entrevistas e tirava fotos com eleitores em uma cafeteria no centro da cidade. “Você não é bem aceito”, gritou a mulher que o atingiu com o ovo.
Bolsonaro se manifestou via Twitter sobre o ato isolado da manifestante. “Reparem que após a agressão fui chamado de tudo menos de corrupto! Estamos no caminho certo!”, escreveu. Acusada de dar a ovada, Gabrielle Van Pelt foi detida pela Polícia Militar e levada para a delegacia. Bolsonaro seguiu para o mesmo local para registrar a ocorrência. Ela prestou depoimento e foi liberada.
Depois do episódio, o político, que se coloca como pré-candidato a presidente da República em 2018, foi para o Centro de Convenções de Ribeirão, no centro da cidade. Lá, ele falou para uma plateia de cerca de 600 pessoas e foi anunciado como “nosso presidenciável” pelo mestre de cerimônias.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Bolsonaro falou rapidamente sobre a ovada antes de subir ao palco. “(Foi um) pequeno incidente, é lamentável, mas que não representa a população de Ribeirão Preto”, disse.
Na entrada do prédio, duas jovens distribuiram adesivos com a inscrição Patriotas 51, em referência ao novo nome do PEN, sigla pelo qual Bolsonaro deve se lançar candidato. O local estava lotado, com cerca de metade do público formada por estudantes.
Ao chegar, o parlamentar foi saudado pelos presentes com os gritos de “mito” e “queremos Bolsonaro presidente do Brasil”. No discurso, o deputado disse ter compromisso com o Brasil e que saiu de uma possível zona de conforto na Câmara para “buscar ser uma alternativa para o futuro”.
Sobre o episódio da ovada, afirmou que estava muito longe de todas as manifestações favoráveis que viu desde a manhã em Ribeirão e que deu o caso por encerrado ao registrar o boletim de ocorrência.