O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e o atual presidente Michel Temer (MDB) vão se reunir nesta quarta-feira (7) em Brasília para iniciar formalmente a transição. Eles devem tratar, entre outros assuntos, da reforma da Previdência. Bolsonaro chegou na capital federal na terça-feira (6), onde participou de uma sessão solene no Congresso. É a primeira viagem do capitão da reserva após a eleição.
Durante esta manhã, Bolsonaro vai se encontrar primeiro com o comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato. Depois, por volta das 10 horas, vai se reunir com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha.
No início da tarde, a reunião será com Raul Jungmann, atual ministro da Segurança Pública. A pasta, no governo Bolsonaro, será incorporada ao Ministério da Justiça, que ficará a cargo de Sergio Moro, juiz federal que conduziu a Operação Lava Jato em Curitiba (PR).
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O que Temer e Bolsonaro devem discutir
Às 15 horas, será a primeira vez que Bolsonaro e Temer se encontrarão oficialmente para selar o início simbólico do governo de transição. Na terça-feira, ambos participaram do evento no Congresso, mas não conversaram sobre a transição. Temer destacou, apenas, que o povo elegeu Bolsonaro para sucedê-lo e que Toffoli sugeriu que haja um encontro dos chefes dos três poderes bimestralmente.
Entre os assuntos a serem tratados pelos presidentes nesta quarta, está a reforma da Previdência. “Amanhã está prevista a conversa entre o presidente eleito e o presidente Michel Temer. Talvez dali saia algum encaminhamento para a questão [reforma da Previdência]”, disse o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto na terça-feira.
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Temer e seus ministros já disseram que a retomada da pauta ainda neste ano depende da vontade da equipe do presidente eleito. Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, também demonstraram interesse em aprovar alguma coisa da reforma de Temer ainda neste ano, mas o assunto tem resistência no Congresso e o novo governo ainda avalia a melhor alternativa: se tentar aprovar algo em 2018 ou deixar para o próximo mandato.
Como está sendo feita a transição
O trabalho de transição começou já na segunda-feira (5), quando foram nomeadas 27 pessoas pelo novo governo para tratar do processo. Elas estão se reunindo no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), local que serve de gabinete de transição desde a primeira eleição do na época presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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