O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou novamente nesta quinta-feira (4) que deixará o cargo. Conforme a Gazeta do Povo mostrou na terça-feira (2), ele deve sair até o prazo limite de descompatibilização dos ocupantes de cargos públicos no Poder Executivo, dia 7 de abril. Ele afirmou que vai se candidatar novamente a deputado federal. Barros é deputado pelo PP do Paraná.
Barros não informou quando pretende formalizar sua saída. “Fico no ministério até a data que o presidente me solicitar, desde que seja até 7 de abril, porque eu preciso me descompatibilizar. Se o presidente pedir, meu cargo está sempre à disposição”, disse Barros em coletiva à imprensa segundo o jornal “O Globo”.
Na última semana, dois ministros pediram demissão sob o mesmo argumento, de que precisam de tempo para se dedicarem às campanhas eleitorais. Ronaldo Nogueira (PTB-RS), do Trabalho, e Marcos Pereira (PRB-SP), da Indústria e Comércio, entregaram a carta de exoneração ao presidente Michel Temer.
Até abril, o ministério de Temer deve sofrer novas baixas. Pelo menos uma dezena de ministros deverá deixar o cargo para concorrer às eleições.
No começo da semana, Barros afirmou em evento no Paraná que sua esposa, a vice-governadora Cida Borghetti (PP), será candidata ao governo do estado – e deu a entender que todo o grupo que dá apoio hoje a Beto Richa (PSDB) pode estar ao lado dela na campanha. Hoje, o grupo político de Richa parece rachado entre Cida e Ratinho Jr. (PSD).
LEIA TAMBÉM: Aliança com Richa, prisão de Maluf, voto de protesto: o que Barros disse em visita a Curitiba
Um dia após a declaração, porém, duas das principais lideranças do PSDB no Paraná, o secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, e o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano, desmentiram as declarações do ministro sobre os planos de Richa.
Deixe sua opinião