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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A eleição para a presidência da Câmara tem mais um candidato. O ex-ministro Ricardo Barros (PP-PR) comunicou aos colegas que irá disputar a vaga ocupada hoje por Rodrigo Maia (DEM-RJ), que concorre à reeleição com o apoio do PSL, sigla de Jair Bolsonaro.

“Bom dia a todos os progressistas. Quero pedir seu voto para presidente da Câmara dos Deputados. Meus 30 anos de vida pública e a passagem austera e realizadora pelo ministério da saúde me animam a esta jornada. Farei minha inscrição como candidato avulso. Deus ilumine esta jornada. Ricardo Barros”, diz a mensagem.

Para derrotar Maia, hoje o nome mais forte, a estratégia de PP e MDB é lançar o máximo de candidatos na tentativa de levar a disputa para o segundo turno. Numa eventual segunda etapa, todos se uniriam contra o demista.

A interlocutores, Barros aposta que muitos estão buscando uma alternativa à candidatura de Maia e à predominância do DEM no governo. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, homem forte do governo, é do DEM.

Alijados da aliança de Maia, PP e MDB já apresentaram como candidatos avulsos Fábio Ramalho (MDB-MG), Arthur Lira (PP-AL) e Alceu Moreira (MDB-RS).

PDT apoia Maia

Enquanto Ricardo Barros se lança candidato, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse ao jornal “O Estado de S. Paulo” que a maioria do partido decidiu indicar hoje apoio à reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apoiado pelo PSL, do presidente da República, Jair Bolsonaro, e pela maioria dos partidos do Centrão. Maia é o favorito na disputa e, com o PDT, enfraquecerá o campo de oposição a Bolsonaro.

“O partido fez um indicativo de apoio ao nome dele, mas priorizando ainda a conversa com o bloco com PSB e PCdoB”, disse Lupi ao Estado. Segundo ele, a aliança com Maia é “amplamente majoritária” na bancada do pedetista na Câmara.

Lupi pondera, no entanto, que ainda busca um acordo com o PSB e o PCdoB, que agora inclui o PPL. Dirigentes dos partidos devem se reunir na terça-feira para tomar uma posição. Lupi diz que, até lá, o apoio a Maia ainda não está garantido. Ele diz avaliar se o PDT pode se isolar dos outros partidos para apoiar o atual presidente da Câmara. “Eu senti muita dificuldade do PSB, mas tenho que apoiar o decorrer desse processo”, afirmou.

SAIBA MAIS:Favoritismo de Maia tropeça em debandada de siglas e ameaça de bloco paralelo

Na quinta-feira, o PSB declarou que não apoiaria Maia. Isso porque o PSL entrou no bloco de apoio ao atual presidente da Câmara. A decisão abriu possibilidade para que PDT e PCdoB também desistissem do apoio, o que enfraqueceria Maia na disputa.

O deputado eleito Fábio Henrique (PDT-SE) elogiou Rodrigo Maia e afirmou que defendeu a aliança de seu partido com ele. “Em reunião hoje no Rio de Janeiro, a bancada do PDT, pela sua absoluta maioria, decide aprovar um indicativo de apoio a Rodrigo Maia para a presidência da Câmara. Fico feliz porque foi essa posição que eu defendi. Maia tem sido um grande presidente do poder Legislativo federal”, escreveu em nota pública no Twitter.

Os líderes de PDT, PSB e PCdoB haviam anunciado a formação de um bloco de oposição a Bolsonaro na Câmara, que poderia ser o maior da próxima legislatura com 70 integrantes – o PT, fora do grupo, possui 56. O bloco ainda busca a adesão de outras legendas. O PSL de Bolsonaro tem 52 deputados eleitos.

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