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 | Aniele Nascimento/Gaeta do Povo
| Foto: Aniele Nascimento/Gaeta do Povo

Há uma movimentação em Brasília entre representantes do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que foi filmado com uma mala com R$ 500 mil de propina da JBS,e a Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com o jornal Valor Econômico, representantes de Rocha Loures já consultaram a PGR sobre a possibilidade de uma conversa sobre a situação do deputado, que sinalizou que pode fazer um acordo de delação premiada. Rocha Loures mantém relação próxima com o presidente Michel Temer (PMDB), de quem foi inclusive assessor especial.

Ainda segundo o Valor, a PGR tem interesse no que ele tem a dizer, mas nenhum encontro foi agendado. A avaliação é de que o ‘valor’ das informações que o deputado pode compartilhar em eventual delação é maior enquanto Temer se mantém no Planalto.

Rocha Loures, além de ter sido filmado com a mala da propina, também foi gravado em outras ocasiões pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS. Com tantas provas contra o parlamentar, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o deputado fosse afastado do cargo. Mesmo afastado, ele manteve o salário, de R$ 33 mil, e o plano de saúde, mas enfrenta a reação dos próprios colegas deputados que já pediram sua cassação no Conselho de Ética da Câmara.

O responsável pela defesa de Rocha Loures é o advogado José Luís de Oliveira Lima – ele não confirmou, nem negou, o interesse do deputado em iniciar as tratativas coma PGR, segundo o Valor. Lima é o advogado responsável pela delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.

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