De acordo com reportagem do jornal “O Globo”, o senador Romário (Podemos-RJ) ocultou nos últimos anos uma parcela milionária do seu patrimônio para evitar o pagamento de dívidas reconhecidas pela Justiça. O ex-jogador nega e diz que está tudo de acordo com a legalidade.
Dois apartamentos localizados na Zona Oeste do Rio de Janeiro já foram identificados em juízo e serão usados para quitar parte da dívida de Romário. Uma casa na mesma região e um carro podem ter o mesmo destino em breve.
No total, os bens, que estiveram registrados oficialmente em nomes de parceiros ou ainda estão nessa situação, totalizariam R$ 9,6 milhões. Enquanto isso, o senador e suas empresas são cobrados por, ao menos, R$ 36,7 milhões em dívidas com a União, com outras empresas e com pessoas físicas.
“O expediente é tal flagrante que não pode ser ignorado. Não é preciso maior dilação para se concluir pela ocultação de patrimônio para fraudar credores”, disse Érica de Paula Rodrigues da Cunha, juíza da 4.ª Vara Cível da Barra.
Outro lado
Por meio de suas redes sociais, Romário se manifestou sobre o tema. O ex-jogador se defendeu, disse que age de acordo com a legalidade e acusou o jornal de publicar de maneira política, já que ele pode lançar candidatura ao cargo de governador do Rio de Janeiro.
“Sobre a matéria publicada hoje no jornal O Globo, é importante esclarecer os seguintes pontos: Sim, tenho dívidas, como qualquer outro cidadão, e essas vêm sendo quitadas ao longo dos anos. Essas disputas judiciais nada têm a ver com a atividade política. Todo o meu patrimônio vem sendo declarado à Receita Federal, totalmente dentro da legalidade”, publicou Romário.
“Tenho uma empresa de marketing que gere minha carreira esportiva, a Romário Sports, e essa empresa tem como sócia minha irmã Zoraidi. Portanto, todo patrimônio declarado em seu nome é compatível com a sua renda. A matéria está sendo utilizada politicamente. Isso porque eles tentam, mas não conseguem, associar meu nome a qualquer caso de corrupção, então eles atacam minha vida privada. Vale lembrar que em ano eleitoral, ataques como esses são comuns. Especialmente quando se é pré-candidato a governador”, completou.
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