Nesta quarta-feira (20), Jair Bolsonaro irá pessoalmente ao Congresso para entregar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC ) de reforma da Previdência. A confirmação veio do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.
Questionado sobre a articulação política para aprovar a reforma, Marinho respondeu: “Isso é com o Onyx”, numa referência ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Apesar disso, o secretário especial tem promovido reuniões com diversos parlamentares nas últimas semanas.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deverá receber a PEC em mãos. Inicialmente, Bolsonaro havia sido convencido a fazer um discurso em cadeia nacional de rádio e televisão. Contudo, ficou definido que haverá uma entrevista coletiva para detalhar o texto. Marinho não informou o horário da entrevista nem quem estará presente.
O que se sabe até agora
A intenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, é de impacto fiscal de R$ 1 trilhão entre 10 a 15 anos com a reforma.
Na semana passada, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, anunciou que a proposta vai prever idades mínimas para aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.
O requisito, no entanto, não será aplicado imediatamente. Há um período de transição para que a idade mínima alcance esse patamar.
No caso dos homens, ele será de 10 anos e para mulheres será de 12 anos, o que torna a proposta mais dura do que a apresentada ex-presidente Michel Temer (MDB) e que sofreu ajustes na Câmara.
Rodrigo Maia já admitiu que a aposentadoria rural deve ser um dos pontos sensíveis da Previdência.
A intenção do governo é ainda enviar um texto que aumenta o tempo de serviço mínimo exigido para militares de 30 para 35 anos.
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