O presidente Michel Temer deslocou para o gabinete presidencial a mesma mesa de trabalho que era utilizada no Palácio do Planalto por Juscelino Kubitschek, em 1960.
A ideia do Planalto é devolver ao gabinete presidencial a atmosfera modernista da época de JK, recuperando mobílias que foram projetadas pela equipe do arquiteto Oscar Niemeyer.
A mesa de jacarandá, que é utilizada desde o final de julho, tem uma gêmea que foi cedida ao gabinete do ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco. Ele disse esperar que ela inspire o governo a “colocar o Brasil nos trilhos”.
Além da mesa, um sofá e duas poltronas do acervo histórico foram colocados no mezanino do terceiro andar do Palácio do Planalto, onde funciona o gabinete presidencial.
As peças estavam guardadas em depósitos ou espalhadas nos palácios governamentais em Brasília e foram reunidas pela Presidência para serem restauradas.
“No momento em que colocamos um mobiliário concebido para o Palácio do Planalto, fortalecemos a arquitetura modernista e a cultura brasileira”, afirmou o coordenador da comissão de curadoria da Presidência da República, João Magalhães.
Elas eram usadas no gabinete presidencial até o governo do general Emílio Médici (1969-1974), que as trocou por peças novas, e foram disponibilizadas por uma determinação do atual presidente de colocar em uso móveis históricos.
O peemedebista chegou a cogitar no início do ano trocar outra mesa, usada para reuniões maiores. A atual comporta 14 lugares, mas o presidente queria uma com capacidade para até 20 pessoas --ele ainda não se decidiu.
A utilização do mobiliário do acervo da Presidência ocorre no momento em que o presidente busca mudar a imagem do seu governo, marcado por denúncias de irregularidades. A imagem de que ele é o “presidente da travessia” e que entregará ao seu sucessor um país economicamente estável é justamente a que tem sido buscada pela equipe de marketing da Presidência.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano