Com uma perspectiva de crescimento menor do país e avanço mais lento da inflação, o governo revisou a previsão para o salário mínimo em 2018. O valor previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem era de R$ 979, mas agora passou a R$ 969, segundo os novos cálculos do governo. O valor atual é de R$ 937.
O ritmo de crescimento nominal da massa salarial, por sua vez, passou de 8,5% para 5,7%. A evolução da massa salarial é um dos principais indicadores sobre o mercado de trabalho no país.
A nova projeção do salário mínimo foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na noite de terça-feira (15), quando ele também apresentou a revisão da meta fiscal para este ano e 2018. Agora, o governo prevê um déficit de R$ 159 bilhões, ante R$ 139 bilhões previsto anteriormente.
O ministro disse que não há divisão dentro do governo em relação à meta fiscal. Ele afirmou que não houve debates acalorados entre as áreas do governo, nem ataques. “Fizemos um estudo na área econômica e levamos ao presidente Michel Temer, que aprovou. É uma mudança de meta técnica, dentro da realidade. Não houve derrotados nem vitoriosos”, afirmou.
Meirelles afirmou ainda que é “pouco relevante” o fato de o senador Romero Jucá (PMDB-RR) ter divulgado a ampliação do déficit fiscal antes da coletiva da equipe econômica.
O ministro também disse que não houve erro na previsão da meta de 2017, mas que a revisão é necessária por conta da queda na arrecadação e da projeção de inflação e que seria negativo já anunciar desde o ano passado um déficit maior. “O país tem que ter um déficit menor possível e um controle rígido de despesas. Temos que ter uma meta com resultado possível dentro dessa situação fiscal que foi construída ao longo do tempo”, acrescentou.
Meirelles lembrou que a S&P divulgou a revisão da nota do Brasil e reafirmou o rating BB.
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