Curitiba se prepara para o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro na semana que vem com um grande esquema de segurança. De acordo com o secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, a polícia vai atuar para garantir uma “festa cívica” na próxima quarta-feira (10), data prevista para o interrogatório.
“O grande objetivo é termos uma festa cívica, termos um relacionamento cívico entre pessoas que têm ideologias diversas”, disse Mesquita nesta quinta-feira (4) em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo. Após a entrevista, exibida ao vivo pelo Facebook, o secretário informou, via assessoria de imprensa, que se expressou mal e que queria se referir a uma “manifestação cívica”. O esquema de segurança para a próxima semana deve ser definido na tarde dessa quinta-feira em uma reunião entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Estadual e Federal.
Segundo Mesquita, a previsão é que cerca de 300 ônibus com manifestantes cheguem à Curitiba para o depoimento de Lula na Justiça Federal. O secretário diz que a previsão é que as manifestações ocorram na área central da cidade, não em frente ao prédio da Justiça Federal, no Ahú.
“A previsão é que a parte política do movimento, as manifestações legítimas e democráticas sejam feitas na área central para que não haja um deslocamento para o local de concentração do prédio da Justiça Federal, porque ali pode ser um ponto de tensão, acho que não é convenente para ninguém que a gente crie uma tensão naquele local”, disse.
A Executiva do PT espera reunir pelo menos 30 mil pessoas em Curitiba, em apoio ao ex-presidente Lula. Também estão previstas manifestações contrárias a Lula na quarta-feira.
O depoimento de Lula estava previsto inicialmente para o dia 3 de maio, mas foi adiado para a próxima quarta-feira (10) depois que a PF e a Sesp alegaram que não teriam tempo de organizar um esquema de segurança. O depoimento estava marcado desde o início de março deste ano.
A Justiça Federal suspendeu os prazos processuais e o atendimento ao público na quarta-feira (10), por causa do depoimento. Segundo uma portaria desta quarta-feira (3), entre os motivos para a suspensão estão as notícias de mobilizações dos movimentos sociais e a necessidade de garantir a segurança do público interno e externo.
Lula será o último réu a ser ouvido no processo envolvendo um tríplex no Guarujá, em São Paulo. Segundo o MPF, Lula teria recebido “benesses” da empreiteira OAS – uma das líderes do cartel que pagava propinas na Petrobras - em obras de reforma no apartamento 164-A do Edifício Solaris. O prédio foi construído pela Bancoop (cooperativa habitacional do sindicato dos bancários). O imóvel foi adquirido pela OAS e recebeu benfeitorias da empreiteira. Os procuradores da Lava Jato acusam na Justiça Lula de ser o verdadeiro dono do tríplex que estava em reforma.
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