O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, reuniu-se com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta terça-feira (28), para discutir a reforma da Previdência. Maia, que é alvo da Lava Jato, recebeu o diretor da PF em um café da manhã na residência oficial da presidência da Câmara.
Ao deixar o encontro, Segovia disse que a visita foi para “defender os direitos dos policiais”. “A gente está lutando pelo nosso direito à aposentadoria, que o policial, ao longo da carreira, sofre bastante, a gente vê policiais mortos em combate, a dificuldade da segurança pública no país. Então perder direitos neste momento seria péssimo para o policial que hoje enfrenta a corrupção, enfrenta diversos problemas no país”, afirmou.
O diretor-geral da PF disse defender tempo de aposentadoria, integralidade e paridade. “São direitos fundamentais para o exercício da atividade policial”, disse.
“Estamos negociando qual será a regra para os policiais. A gente não pode perder os direitos que hoje existem nesse regramento. Estamos trabalhando, porque há hoje no Congresso essa proposta de 55 anos para o policial. Nossa proposta é justamente negociar para chegar no ponto de equilíbrio entre a necessidade, o direito à aposentadoria policial como também ajudar o governo brasileiro nessa situação de crise econômica”, afirmou.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as regras da Previdência está pronta para ir ao plenário da Câmara, mas o governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma. Na segunda-feira (27), Maia disse que a reforma da Previdência pode ficar para 2018. “O ideal seria votar a reforma da Previdência em fevereiro, mas tem o carnaval no meio”, afirmou o presidente da Câmara, em São Paulo.
Procurado nesta terça, Maia não se manifestou.
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