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 | Marcelo Camargo / Agência Brasil
| Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Descrente em relação à aprovação do financiamento público de campanha, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez uma sugestão aos políticos que tentarão se reeleger em 2018: “comprar um bom celular, com boa definição, e contratar um cinegrafista amador para fazer as filmagens”. Para ele, assim, as campanhas estarão mais perto da realidade e sem os truques de marqueteiros.

Maia disse que se o financiamento público fosse votado na sessão de quarta-feira (23) seria derrotado. Os parlamentares derrubaram nesse dia a destinação de 0,5% da receita orçamentária para campanha, que geraria R$ 3,6 bilhões para serem gastos nas disputas eleitorais de 2018. Não foi estipulado novo percentual, se é que vai. 

"Acho sim [que o financiamento público corre o risco de não ser criado]. Ontem, teria caído por completo. Muitos deputados e deputadas fizeram o discurso de que não precisa do fundo, o que gera um ambiente de preocupação correta com a visão da sociedade sobre mais recursos públicos para a política. Quando um parlamentar fala que não precisa desse fundo, sabe que tem o outro (o fundo partidário), e que não é pequeno. São R$ 800 milhões. Vamos com calma. Basta usar de forma mais racional, priorizando as campanhas", disse Maia, que complementou, com certa dose de ironia. 

"Se a maioria diz que não precisa de fundo, vamos para a eleição com o que tem. Vai ser uma boa experiência. Poucos recursos para muitas eleições. Acho bom todo mundo comprar um bom celular, com boa definição de imagem, e contratar um cinegrafista amador e fazer sua campanha de TV. Vai ficar mais natural, mais próxima da vida das pessoas do que essas campanhas milionárias", completou. 

Sobre o novo sistema eleitoral, Maia também tem dúvidas de que o “distritão” seja aprovado. Ele acha que a Câmara perdeu a oportunidade na quarta-feira por não ter votado sugestão do líder do PP, Arthur Lira (AL), de votar o “distritão” – sistema que elege o mais votado – e o distrital misto para 2022. "Perdemos essa oportunidade ontem. Agora, não sei se terá os 308 votos", disse. Como se trata de uma emenda constitucional, são necessários os votos de dois terços da Casa para aprová-lo.

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