A autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pudesse encontrar familiares e velar o irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, veio muito tarde. Quando Dias Toffoli autorizou a reunião em uma unidade militar na região do ABC, o cortejo de Vavá já havia começado. E seu velório acabou abrindo espaço para protestos pela ausência de Lula. As informações são da Folha de S.Paulo.
Petistas que estavam no velório protestaram e argumentavam que houve desrespeito a Lei de Execução Penal, o que seria mais uma demonstração de como o Judiciário trata Lula de forma desigual. O sepultamento de Vavá, por volta das 13h, teve aplausos de familiares, amigos e integrantes do PT, depois de um rito religioso na capela do Cemitério Pauliceia. “Viva o Vavá” e “Viva o Lula” foram gritos entoados durante o sepultamento.
Faixas, bandeiras e camisetas com a mensagem “Lula Livre” estavam espalhadas pelo local. Uma máscara com o rosto do ex-presidente foi colocada sobre o caixão.
Lula decidiu não ir a São Bernardo
Lula decidiu não ir a São Bernardo do Campo para se encontrar com familiares após o enterro de Vavá.O petista já comunicou seus advogados que não viajaria depois de saber que o irmão já havia sido enterrado.
“O presidente Lula gostaria de participar do enterro e se despedir do seu querido irmão. É claro que ele também quer se encontrar com a família, mas para isso vai ter outra oportunidade”, disse Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, acolheu parcialmente o pedido da defesa de Lula e havia autorizado que o ex-presidente se deslocasse para uma unidade militar na região do ABC, em São Paulo, para se encontrar familiares.
O encontro com a família será nesta quinta-feira (31), em Curitiba. Este já é o dia da visita familiar na carceragem da Polícia Federal e Lula vai se reunir com eles.