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| Foto: EVARISTO SA / AFP

Uma semana de expectativas em Brasília. O assunto principal: a segunda denúncia enviada pelo ex-procurador Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer. Deve ser lida apenas na terça-feira. Na quarta, a esperada escolha do relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O que essa tem de novo em relação a primeira? Denúncias mais fortes contra o presidente, apresentado na peça como chefe de uma organização criminosa. E o envolvimento de dois seus ministros da cozinha do Planalto: Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).

A leitura da denúncia vai acontecer na terça, às 14 horas. É o que está previsto. Novamente a segunda-secretária da Câmara, a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), será a leitora das dezenas de páginas.  A escolha do relator na CCJ é uma incógnita. O presidente da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), cerca de mistério o processo. Como na primeira denúncia, deve anunciar esse nome na quarta, num ato público na comissão. Como também na primeira, disse que escolherá alguém de perfil técnico-jurídico. 

E entre os cotados para relatar novamente aparece o nome de Marcos Rogério (DEM-RO). O problema: é do mesmo partido, Rodrigo Maia (RJ), o que causa suspeição, por mais que o presidente da Câmara jure não trabalhar contra Temer. O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse à Gazeta do Povo que melhor que não seja alguém de seu partido por essa razão. 

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Do outro lado do Congresso, no Senado, a CPI Mista da JBS vai ouvir na quarta-feira o procurador Angelo Goulart Vilela, que foi acusado de ter atuado como infiltrado na força-tarefa da Operação Greenfield, em troca do recebimento de suborno com origem na empresa de Joesley Batista. Ficou mais de 70 dias preso, alvo da Operação Patmos, da Polícia Federal. 

Pretende comprometer seu ex-chefe imediato, Rodrigo Janot. Não à toa foi escolhido para dar o primeiro depoimento à CPI, nitidamente carimbada como governista e com o propósito de retaliar o Ministério Público. Além de Janot, estão nos alvos o procurador Marcelo Miller e os irmãos Batista. 

Em suma: a semana promete em Brasília. Mais uma vez.

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