O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba nesta sexta-feira (19), antes de ser conduzido ao Complexo Médico Legal, em Pinhais, onde ficará preso.
Cabral foi transferido ao Paraná por decisão dos juízes Sergio Moro e Caroline Figueiredo (substituta de Marcelo Bretas) acataram a solicitação do Ministério Público do Rio, que apontou irregularidades no cumprimento da pena do ex-governador. Na prisão carioca, Cabral tinha acesso a regalias e se comunicava com frequência com interlocutores, o que mantinha sua influência política.
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O Ministério Público afirmou que desde a prisão de Cabral, em novembro de 2016, o secretário de Administração Penitenciária, Erir Ribeiro Costa Filho, tomou medidas para atender demandas do ex-governador. A Promotoria pediu à Justiça o afastamento dele na pasta, assim como de outros cinco servidores.
A promotora classificou como “ridículo”, “pífio” e “tosco” o sistema de videomonitoramento instalado na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, reformada para receber em maio os presos da Lava Jato.
A promotoria afirma ainda que o monitoramento tinha pontos cegos que eram usados por Cabral para receber encomendas de forma irregular. O emedebista também atuou para nomear o filho de um agente penitenciário na Secretaria Estadual de Esportes e Lazer. O cargo foi ocupado três dias após o deputado Marco Antônio Cabral (MDB), filho do ex-governador, deixar a pasta.
Preso sob acusação de cobrar 5% de propina sobre os grandes contratos no Estado, Cabral já foi condenado em quatro ações penais a 87 anos -pela lei brasileira, uma pessoa pode ficar no máximo 30 anos preso. Ele responde a outros 16 processos e é alvo de inúmeras investigações em curso.
A permanência do político no sistema penitenciário do Rio foi repleta de relatos de regalias. A cadeia de Cabral recebeu um home theater, biblioteca para que ele pudesse trabalhar e reduzir a pena, visitas fora de hora e comida farta de restaurantes caros.
Ele chegou a ser transferido para Curitiba em dezembro de 2016, em razão de irregularidades na visitação. Mas obteve liminar no Tribunal Regional Federal do Rio para retornar ao Estado.
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