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 | Ailton de Freitas/Agência O Globo
| Foto: Ailton de Freitas/Agência O Globo

O juiz federal Sérgio Moro foi condecorado na manhã desta quarta-feira, 19, com a Ordem do Mérito Militar, em cerimônia de comemoração do Dia do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília. Moro já estava presente quando o presidente Michel Temer chegou ao local e o cumprimentou.

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O juiz que comanda a Operação Lava jato na primeira instância não quis responder perguntas da imprensa. Ao ser questionado sobre o relatório do projeto que atualiza a lei do abuso de autoridade, Moro disse que só falaria sobre o dia do Exército.

Além de Moro, também foram condecorados o apresentador de televisão Luciano Huck e o jornalista William Waack, dentre outros.

Discurso do comandante

Na cerimônia em que o juiz Sérgio Moro foi condecorado com a Ordem do Mérito Militar, o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, falou que o país passa por “incontáveis escândalos de corrupção” e “aguda crise moral”.

“A aguda crise moral, expressa em incontáveis escândalos de corrupção, nos compromete o futuro”, declarou o general, que criticou a sobreposição de “lutas por interesses pessoais e corporativos” ao interesse nacional.

“Esse momento tão grave não pode servir a disputas paralisantes”, emendou, logo antes de dizer que “não há atalhos fora da Constituição”.

Moro e Temer cumprimentaram-se rapidamente. O relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin, também estava na lista de agraciados com a comenda mais alta do Exército, mas não compareceu, assim como o colega Luis Roberto Barroso.

Ao ser abordado pela imprensa, Moro disse apenas que só falaria nesta quarta-feira sobre o Dia do Exército, “seguindo o protocolo”.

No ano passado, Temer faltou à solenidade e o Palácio do Planalto foi representado por Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil. Desta vez, Temer veio só. Padilha é um dos oito ministros com pedido de inquérito pela lista de Fachin na semana passada. Nenhum deles foi à cerimônia.

Temer foi citado em dois inquéritos, mas não será investigado porque o presidente não pode ser alvo de investigação por atos anteriores ao mandato.

Na primeira fila da tribuna de autoridades também estavam os deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSC-SP). Pai e filho ostentavam a medalha do Pacificador no paletó, recebida em edições anteriores da cerimônia. Os dois militares não economizaram nas fotos durante o evento.

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