Em um despacho no processo do sítio em Atibaia, no qual o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva está entre os réus, o juiz federal Sergio Moro fez comentários sobre a greve dos caminhoneiros, iniciada na última segunda-feira (21) em todo o país. Por causa da paralisação, o magistrado decidiu adiar as audiências do processo que estavam marcadas para a próxima segunda-feira (28).
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“Espera-se que prevaleça o bom senso dos envolvidos, com a normalização da situação e antes que ocorram episódios de violência, mas considerando a incerteza em relação aos próximos dias, é o caso de, por prudência, suspender as audiências do dia 28/05/2018 e, oportunamente, redesigná-las”, disse Moro na decisão.
O magistrado também disse considerar legítima a pauta de reivindicação dos caminhoneiros. “Há uma pauta de reivindicação legítima da respeitável categoria e que deve ser avaliada pelas autoridades competentes. No entanto, o prolongamento excessivo da paralisação e que inclui o questionável bloqueio de rodovias tem gerado sérios problemas para a população em geral”, aponta o magistrado.
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Entre as testemunhas que seriam ouvidas por Moro está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Lula.
No processo, o Ministério Público Federal (MPF) aponta que o Lula é o dono de um sítio em Atibaia, que teria sido reformado por empreiteiras como forma de pagamento de propina ao ex-presidente. O imóvel está em nome de laranjas, segundo os procuradores, mas há uma série de elementos que ligam Lula ao imóvel.
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