Bombeiros que atuam na busca de sobreviventes e resgate de corpos, em Brumadinho, Minas Gerais.| Foto: Bombeiros MG / Fotos Públicas

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o número de vítimas identificadas subiu para 107 neste domingo (3), décimo dia de buscas em Brumadinho (MG).

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Até a última sexta (1), foram coletadas 152 amostras de DNA de familiares de vítimas para o processo de identificação.

Neste domingo, a policia realiza na Estação do Conhecimento, em Brumadinho, um mutirão para emissão de carteiras de identidade para vítimas que perderam seus documentos.

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Com a identificação das vítimas, as autoridades informaram que o número de desaparecidos caiu de 226 para 220.

No sábado, o número de mortos na tragédia de Brumadinho subiu para 121, seis a mais que na sexta (1). O trabalho de buscas pelos corpos segue neste domingo e as autoridades locais devem divulgar novas informações no final de tarde.

Segundo a corporação, a descoberta de novos corpos deve ser mais lenta daqui para frente, devido a dificuldade nas escavações da lama. Os militares, porém, dizem que seguirão nas buscas por tempo indeterminado até o encontro de todas as vítimas.

Corpos

O Ibama realizava um levantamento técnico sobre os impactos da tragédia de Brumadinho na fauna no Rio Paraopeba quando a equipe de agentes se deparou com dois corpos. 

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O trabalho de busca pelas mais de 200 vítimas da tragédia de Brumadinho que ainda estão desaparecidas passou a utilizar escavadeiras com esteiras similares às de tanques de guerra. São nove retroescavadeiras auxiliando as buscas. As máquinas têm conseguido se movimentar sobre a lama, que ainda está mole em boa parte da área atingida.

Em um barco de pequeno porte, dois agentes do Ibama e um policial militar ambiental de Betim faziam uma inspeção visual rio, na tarde de sábado (2), com o objetivo de coletar informações sobre mortandade de animais. Os corpos foram encontrados numa área central de Brumadinho, presos em vegetações nas margens do Paraopeba.

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A área fica a cerca de sete quilômetros de distância do local onde rompeu a barragem da mineradora Vale, no Córrego do Feijão. O primeiro corpo se tratava de um tronco com braços. Os bombeiros foram acionados imediatamente para retirar a vítima do local. 

Cerca de 150 metros acima do rio, a equipe voltou a encontrar partes de uma vítima, desta vez uma perna. O Corpo de Bombeiros teve de ser acionado novamente para retirar a vítima. 

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Nove dias depois da tragédia, ainda é difícil e arriscado acessar a área atingida. Durante toda a semana, equipes percorreram as margens a tragédia em acessos por terra. A maioria das buscas só foi possível com o uso de helicópteros, operação que segue em andamento.

A prefeitura de Brumadinho declarou que a Vale terá de retirar 100% do material que vazou de sua barragem, restabelecendo o leito natural da região. Técnicos ambientais ouvidos pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo afirmam que as buscas e as exigências para que as vítimas sejam encontradas são os fatores que devem ser priorizados na remoção do barro.