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| Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Nesta quinta-feira (21) , uma operação do Supremo Tribunal Federal (STF) apreendeu equipamentos de dois suspeitos de divulgar mensagens e informações falsas contra os ministros do Supremo. Um deles é acusado de proferir ameaças.

Um advogado em Alagoas foi um dos alvos da operação do STF. Adriano Argolo é acusado de atacar os integrantes da corte nas redes sociais e publicou ameaças ao presidente do colegiado, Dias Toffoli, e ao ministro da Justiça, Sergio Moro.

A polícia apreendeu equipamentos de Argolo, identificado como autor de postagens incitando a violência contra essas autoridades.

Ele é investigado por crime contra a segurança nacional e incitação ao crime contra pessoa com deficiência. O advogado publicou mensagens ofensivas a um dos irmãos de Toffoli, que tem síndrome de Down. O presidente do Supremo esteve nesta quinta no Senado para um ato pelo Dia Internacional pela Síndrome de Down.

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O segundo alvo da ação foi um guarda civil de Indaiatuba (SP). Ele divulgou mensagens que acusavam ministros do Supremo de receberem milhões de reais em esquemas de corrupção.

O agente municipal utilizava uma conta com nome falso e localização indicada no Piauí. Investigadores paulistas, acionados pelo STF, descobriram sua verdadeira identidade.

A ação mirou o guarda nesta primeira etapa também porque ele tem antecedentes criminais. Ele foi processado por agressão a jovens no exercício de sua função.

Equipamentos apreendidos

Os equipamentos usados pelos dois alvos do inquérito serão periciados. As autoridades querem descobrir as conexões dessas pessoas com outros usuários e eventuais financiadores. As contas nas redes sociais ligadas aos dois investigados foram bloqueadas.

A fase inicial da investigação tem foco sobre ameaças de violência e acusações caluniosas ou difamatórias contra o Supremo, principalmente na internet. Declarações feitas por autoridades como procuradores da Lava Jato, como Deltan Dallagnol e Diogo Castor, podem ser abordadas em outro momento do inquérito.

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Integrantes da equipe de investigação dizem ter percebido uma refreada nos ataques feitos por membros do Ministério Público. Eles consideram que esse comportamento dos procuradores é um efeito concreto da abertura do inquérito.

Ministros do STF acreditam que a operação terá um caráter preventivo ao desbaratar redes de difamação e divulgação de noticias falsas. Eles consideram que a iniciativa pode ser útil para evitar esquemas semelhantes nas próximas eleições, em 2020.

Toffoli instaurou o inquérito na semana passada e designou o ministro Alexandre de Moraes seu relator.

À TV Gazeta, Argolo negou ser autor dos ataques. “Essas postagens que me mostraram, não fui eu. Não foi a minha pessoa que escreveu. As contas foram clonadas”, afirmou.

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