| Foto: Gazeta do Povo e AFP /

A semana que começa pode ser entendida como o início do fim do governo de Michel Temer. Além da turbulência política que o presidente irá enfrentar, ele começa nesta segunda-feira a dar posse aos ministros-tampões que vão ficar só até o fim deste ano. Gilberto Occhi via assumir a Saúde e Valter Silveira a pasta dos Transportes. Temer deve terminar essa transição até 7 de abril, quando os ministros que pretendem ser candidatos nas eleições de outubro precisam deixar seus cargos.

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, assina sua filiação do MDB nesta terça. O ato, não fosse a prisão dos amigos de Temer, era para ser festivo, com a presença do presidente. Mas o clima azedou um pouco. 

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E as maiores expectativas da semana estão no Judiciário. As atenções, pressões e mobilizações estarão voltadas para o Supremo Tribunal Federal (STF), que julga na quarta-feira o habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma sessão com os ministros da Corte divididos e sob fogo cerrado.  E se inicia a contagem regressiva para uma possível terceira denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Temer. 

Dezenas de juízes e procuradores prometem estar em Brasília nesta segunda para entregarem um abaixo-assinado pela manutenção da prisão após condenação em segundo grau. Entidades dessas classes asseguram terem mais de 2 mil assinaturas. Um abaixo-assinado anti-Lula. 

Outras tantas dezenas de produtores rurais prometem lotar a Praça dos Três Poderes, justamente na quarta-feira, para protestar contra o pagamento retroativo do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, o Funrural. Eles vão aproveitar o embalo e se juntar a grupos como MBL e Vem pra Rua, entre outros, e fazer barulho contra a concessão de um HC que livre Lula da cadeia. Os petistas, por sua vez, mobilizam seus militantes e estarão em grande número nas cercanias do STF. 

Enquanto isso, no Congresso e fora dele, seguem as tratativas dos partidos para atraírem candidatos "bons de voto" para suas legendas. É a última semana de vigência da janela partidária, que se encerra no próximo domingo. As ofertas tentadoras são muitas, como garantia de milhões para campanhas eleitorais num ano que financiamento empresarial está vedado. Uma semana animada na capital.