O ministro do Turismo do futuro governo, o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), reconhece que não tem muita experiência nessa área. Mas aposta no apoio do presidente eleito Jair Bolsonaro e na formação de uma equipe técnica para impulsionar o setor no país.
O parlamentar disse, em entrevista à Gazeta do Povo, que a imagem do Brasil no exterior “tem que melhorar muito”. Ele atribui o que considera pouco volume de turistas por ano, de 6 milhões e meio, ao problema da segurança pública no Brasil. Aposta que Bolsonaro e o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, vão mudar esse cenário.
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Para o novo ministro, a chegada de Bolsonaro ao Palácio do Planalto irá melhorar o incremento do turismo. Perguntado se críticas feitas por alguns jornais do exterior à eleição de Bolsonaro não podem afetar o turismo no Brasil, o novo ministro foi curto e seco: “tudo imprensa de esquerda”. Leia a entrevista:
O senhor tem ideia de como vai montar sua equipe e que prioridades adotará?
Ainda tomando pé. Escolher a equipe é uma etapa mais a frente. Com critério e técnica. Não dá para destacar uma área como prioridade. É preciso criar um bom ambiente no Brasil, seja no turismo de negócio, no turismo religioso, no turismo de lazer e entretenimento.
Como o senhor avalia a imagem do Brasil no exterior?
Tem que melhorar muito. O turismo está ligado diretamente à segurança pública. Isso impacta diretamente. Recebemos apenas 6 milhões e meio de turistas por ano. Olha o exemplo de Portugal. São 20 milhões [de turistas/ano]. E um país que é do tamanho de Pernambuco. Cancún [no México] é outro exemplo.
O que fazer para reverter esse quadro?
Com Bolsonaro na presidência, a imagem do Brasil vai melhorar muito. A questão da segurança está no topo de suas prioridades. Um presidente honesto e patriota. Melhora a imagem do país. E com o ministro Sergio Moro será implementada a maior agenda anticorrupção da história do Brasil. Tem tudo para dar certo.
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Mas a melhoria de indicadores de segurança não se dá num curto prazo...
O turismo é uma área que também conversa com todas as outras. Com o meio ambiente, a ciência e tecnologia e essa da segurança pública. Com ações efetivas de segurança é possível sim construir um novo cenário e isso vai refletir no turismo.
A eleição do Bolsonaro por si só pode ajudar a atrair turistas?
Acredito que sim. Se trata de um presidente honesto, patriota e eleito com quase 56 milhões de votos.
Alguns jornais e revista do exterior, casos do “Financial Times”, “Guardian” e “The Economist”, criticaram a eleição de Bolsonaro, apontando-a como um risco à democracia. Isso não afasta os turistas?
Tudo imprensa de esquerda.
A indicação do senhor para o cargo contempla seu partido, o PSL? Parte da bancada tem reclamado da falta de espaço na transição.
Minha indicação não foi nem partidária e nem por estado, pelo fato de eu ser de Minas Gerais. Foi fruto do empenho da frente parlamentar do turismo (formada por deputados). E tem o apoio do setor, de entidades relacionadas ao turismo, como Associação Brasileira de Hotelaria e outras. Foi uma indicação suprapartidária.
O senhor tem experiência na área de turismo?
Minha experiência não é tão grande assim, mas é uma indicação da confiança do presidente e vamos montar um bom time, técnico.
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