O presidente Michel Temer está tentando trazer o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para perto ao atender a pleitos de seu estado. Nesta quinta-feira (20), Temer chamou Maia a participar de reunião com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e ministros da área de segurança para anunciar apoio ao estado, como o envio de contingente da Força Nacional de Segurança e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O governador agradeceu a Temer e também a Maia pelas medidas.
Ao final da reunião, Pezão anunciou que Temer prometeu enviar até o final de julho 380 homens da PRF e 420 homens da Força Nacional, que se somam aos 200 que já estão no estado. Esses agentes estarão no Rio, intensificando ações de prevenção e combate a crimes, por 18 meses.
Após uma aproximação de Maia do PSB para tentar trazer a ala dissidente do partido ao DEM, Temer tem mantido o presidente da Câmara próximo. Durante esta semana, de recesso parlamentar, o peemedebista participou de reuniões e eventos com a presença de Maia.
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Sobre o reforço na segurança do Rio, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, reforçou que as medidas fazem parte do Plano Nacional de Segurança em sua “fase Rio de Janeiro”. O objetivo será colocar em prática modelos de atuação na segurança pública que foram criados para a operação durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
“Para a população isso ajuda muito. O grande problema da segurança do Rio é entrada de armas e drogas que não são produzidas no Rio. Sempre precisamos de mais homens e a crise dificulta”, afirmou o governador ao ser questionado se o envio de policiais e militares ajudará a conter o avanço da crise de segurança no Rio.
Rodrigo Maia responderá pela Presidência da República nas próximas 24 horas em função da viagem de Michel Temer para a Argentina, cujo retorno está marcado para esta sexta-feira (21).
Pezão nega que tenha ido para spa
Ao final da entrevista, questionado sobre sua internação em uma clínica que é conhecida por ser um spa, Pezão respondeu em tom de desagrado e negou que tenha ido a um spa, para descansar. Ele afirmou que estava se tratando e listou os esforços que fez após o tratamento de um câncer.
“Está disponível a nota fiscal e o cheque pagando minha internação. Se não puder me cuidar, eu não cuido do povo”, disse. “Não sou demagogo, mas o que mais me faz sofrer é ver que salário do servidor do Rio não está em dia”, afirmou Pezão.
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