Em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, na madrugada desta segunda-feira (17), o presidente Michel Temer (MDB) saiu em defesa de sua antecessora Dilma Rousseff (PT).
“Eu posso até fazer observações críticas quanto à conduta política, quando digo que excluiu o vice-presidente. Mas sobre o foco pessoal, tenho a impressão de que é uma senhora correta e honesta. Eu não tenho essa impressão de alguém que chegou ao governo para se apropriar das coisas públicas”, disse.
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“Nunca tive essa impressão e confesso que continuo não tendo”, afirmou Temer.
Temer assumiu o governo em 2016, após o impeachment da então presidente devido às chamadas pedaladas fiscais. Seu partido, o MDB, apoiou o impeachment, deflagrado pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ).
A respeito das denúncias de corrupção que vieram à tona em conversas gravadas com Joesley Batista, da JBS, Temer afirmou que não há preocupação por parte dele ou dos advogados. Voltou a dizer que houve uma armação e negou que vá se mudar para Portugal após deixar a Presidência.
“Quando eu sair da presidência o foco não será mais político, vai para o foco jurídico. [...] Essa denúncia gerou duas manifestações da Câmara como se fosse um pedido de impeachment. E o que a Câmara fez? Negou”, disse.
Segundo Temer, seu governo foi “semiparlamentarista”. “Trouxe o Congresso para governar comigo, algo que no passado não acontecia.”
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A respeito da eleição de Jair Bolsonaro (PSL), Temer afirmou que o povo optou por uma mudança “contra tudo que estava aí” e que sua expectativa é positiva.
“Na democracia é assim. Há um momento em que o povo quer mudar tudo. Quando Lula foi eleito, foi assim. E mudaram. E essa mudança persistiu por vários anos. Agora, optou-se por uma forma contra tudo que estava aí”, disse.
O presidente disse acreditar que seu sucessor irá votar a reforma da Previdência no começo do ano que vem. Afirmou ainda que a escolha do ex-juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça foi boa para Bolsonaro, mas disse não saber qual será o resultado para Moro.
“Acho que ele prestou um relevante serviço e, segundo as concepções dele, decidiu prestar esse serviço ao Ministério da Justiça. Para o Bolsonaro, foi ótimo. Para o Moro, não sei dizer qual será o resultado.”
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