Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (30) pelo Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer rebateu pela primeira vez as acusações que levaram às prisões de seus amigos e que o atingem diretamente na Operação Skala, que investiga supostos casos de corrupção no Porto de Santos. Num duro texto, o Planalto afirma que as autoridades, sem citar nomes, criam narrativas que geram acusações e buscam inquéritos arquivados duas vezes pelo Supremo Tribunal Federal. O Planalto classificou essa ação como "métodos totalitários".
Diz trecho da nota:
"Tentam mais uma vez destruir a reputação do presidente Michel Temer. Usam métodos totalitários, com cerceamento dos direitos mais básicos para obter, forçadamente, testemunhos que possam ser usados em peças de acusação. Repetem o enredo de 2017, quando ofereceram os maiores benefícios aos irmãos Batista para criar falsa acusação que envolvesse o presidente. Não conseguiram e repetem a trama, que, no passado, pareceu tragédia, agora soa a farsa".
A nota insiste com os argumentos de seus aliados que o objetivo dessa operação da Policia Federal, e da ação do Ministério Público Federal e do ministro Luis Roberto Barroso, tem o objetivo de tirá-lo da vida pública e atribui essa iniciativa a "forças obscuras". Ele associa a operação Skala à sua disposição de disputar a reeleição em outubro.
"O atropelo dos fatos e da verdade busca retirar o presidente da vida pública, impedi-lo de continuar a prestar relevantes serviços ao país, como ele fez ao superar a mais forte recessão econômica da história brasileira. Bastou a simples menção a possível candidatura para que forças obscuras surgissem para tecer novas tramas sobre velhos enredos maledicentes".
O texto, divulgado pela Secretaria de Comunicação do Planalto, diz também que tentam impedir o povo de livre escolher.
"No Brasil do século XXI, alguns querem impedir candidatura. Busca-se impedir ao povo a livre escolha. Reinterpreta-se a Constituição, as leis e os decretos ao sabor do momento. Vê-se crimes em atos de absoluto respeito às leis e total obediência aos princípios democráticos".
No seu início, a nota diz que a Rodrimar não se encaixa como beneficiária do que está previsto no decreto dos portos e que todas as áreas de exploração dessa empresa serão relicitadas.
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