Ainda sem garantia de que terá os votos necessários para aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o governo do presidente Michel Temer vai exonerar todos os ministros que têm mandato de deputado no dia da votação em plenário, anunciou nesta segunda-feira (24) o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy. Serão “12 ou 14” ministros que deixarão seus postos para reassumir o mandato, com a garantia de que retornarão a seus cargos no Executivo após a votação. A estratégia será adotada apenas na Previdência – na reforma trabalhista, a avaliação do governo é que votação “será mais segura”, segundo Imbassahy.
Aposentadoria aos 60 para poucos e transição confusa: o que muda na reforma
O ministro, no entanto, negou que tenha insinuado uma votação “menos segura” no caso da reforma da Previdência. “É como se fosse reforçar um time. O time está em campo e vai ficar mais reforçado ainda”, disse Imbassahy, que concedeu entrevista no Palácio do Planalto após reunião dos ministros mais ligados à atividade partidária com o presidente.
Além da decisão pelas exonerações, Imbassahy anunciou que nenhum ministro viajará nesta semana. “Todos ficarão em Brasília, abertos a atender os parlamentares. A partir da votação, interrompe-se o atendimento para que eles possam votar”, explicou o ministro.
Imbassahy ressaltou a importância das reformas trabalhista e previdenciária e disse que a decisão é uma ação da coordenação política do governo e de todos os ministros, que têm “capacidade administrativa já comprovada”. Sobre a reforma trabalhista, que será votada esta semana em plenário, o ministro afirmou que a reunião “deu mais confiança” em relação à aprovação da proposta.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais