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Michel Temer vai se reunir com a bancada do PMDB no Senado para discutir a tramitação da reforma trabalhista. À noite, Marta Suplicy oferece jantar | Marcos Corrêa/PR
Michel Temer vai se reunir com a bancada do PMDB no Senado para discutir a tramitação da reforma trabalhista. À noite, Marta Suplicy oferece jantar| Foto: Marcos Corrêa/PR

O governo articula nos bastidores correr com a reforma trabalhista, que acabou de chegar ao Senado. O assunto será discutido nesta terça-feira (9) numa reunião do presidente Michel Temer com a bancada do PMDB no Senado e, à noite, em um jantar oferecido pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).

Segundo um líder do governo, a ideia do Plantalto é fechar um acordo com os senadores para que a proposta seja discutida em um único espaço – que pode ser audiência conjunta das três comissões, de Constituição e Justiça (CCJ), de Assuntos Econômicos (CAE) e Assuntos Sociais (CAS) – ou vá direto para o plenário. Neste caso, é preciso contar com 54 votos favoráveis para aprovar a urgência.

A primeira opção é considerada mais viável, segundo interlocutores. Se o governo for derrotado na aprovação da urgência, pode pôr a perder todo o processo no Senado. O Planalto tem pressa em concluir a reforma trabalhista na Casa para conseguir o apoio dos deputados na reforma da Previdência. Os deputados estão com receio de arcarem sozinhos com o desgaste político de aprovar medidas impopulares.

“Estão conversando com os líderes dos partidos para que os debates ocorram em único espaço. Há também uma movimentação para aprovar a urgência e levar o tema direto ao plenário do Senado”, disse um interlocutor do Planalto.

Na avaliação de assessores do presidente, o relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), não dará trabalho ao governo, apesar dele ser um parlamentar com perfil independente. Pesa no argumento o fato de o relator da proposta na Câmara dos Deputados, Rogério Marinho (PSDB-RN), estar sendo considerado herói no partido, depois de ter conseguido aprovar uma reforma trabalhista mais ampla, inclusive com o fim do imposto sindical obrigatório.

“O fim do imposto sindical é visto no Senado como o viagra da reforma”, disse uma fonte próxima a Temer, ao ser indagada se isso poderá prejudicar a tramitação do texto no Senado. O governo também avalia que as salvaguardas incluídas no texto contra a “pejotização” (contratação de trabalhadores sem carteira assinada) também atendem ao pleito de alguns senadores, que ameaçam mudar a proposta para aperfeiçoar essa questão.

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