O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (3) que tem “quase certeza absoluta” de que a Câmara dos Deputados não aceitará a denúncia em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o acusa do crime de corrupção passiva. “Quando você vê a tal da denúncia, vê logo sua inépcia, é frágil, inconsistente”, afirmou o peemedebista à rádio Band News FM.
Ele disse contar com o voto dos indecisos para garantir que a Câmara dos Deputados não autorize abertura de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). “Há cerca de 366 deputados indecisos, que são aqueles que vão dar o seu voto no último momento, porque os que são contra são contra mesmo”, afirmou Temer. “Tenho certeza quase que absoluta” que o processo será interrompido, disse.
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Levantamento feito pela Folha de S.Paulo mostrou que mesmo a base do governo está reticente em declarar apoio a ele. São necessários os votos de 342 deputados para que a denúncia seja aceita.
Dos 513 deputados, 45 disseram que votarão contra a aceitação da denúncia. Outros 130 disseram que apoiarão a continuidade do processo, 112 que ainda não sabem e 57 não quiseram se posicionar. Outros 168 não retornaram os pedidos da reportagem.
Temer também negou que esteja abatido, como informou a colunista da Folha Mônica Bergamo. “Essas coisas que acontecem me revitalizam. Li numa coluna que eu estaria abatido, minha família estaria abatida, pensei até será que o nosso cachorro também está abatido? Porque é irreal. Estou cada vez mais animado”, disse Temer.
“Porque, na verdade, estamos indo muito bem. As reformas estão indo adiante, a inflação está caindo”, afirmou o presidente.
Sem saia justa
O presidente entrou ao vivo no programa do jornalista Reinaldo Azevedo por telefone e logo no inicio foi avisado pelo âncora de que não teria que responder perguntas sobre a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, pois o presidente “não é do Ministério Público, não é da Justiça”, disse o jornalista.
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