| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Levantamento do site Congresso em Foco revela que um em cada três membros do novo Conselho de Ética do Senado Federal é alvo de ao menos um processo criminal no Supremo Tribunal Federal (STF). Os 30 senadores que compõem a nova gestão do conselho, responsável por avaliar a conduta de seus pares no exercício do cargo, foram escolhidos na terça-feira (31).

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São nove integrantes réus na Corte máxima do país. Entre eles, alguns investigados na Operação Lava Jato, como os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Jader Barbalho (PMDB-PA) e o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR). Dos três, apenas Jucá é membro titular. Os demais são suplentes, mas podem assumir a titularidade a qualquer momento se o líder do PMDB na Casa, o senador Renan Calheiros (AL), assim decidir.

Além dos peemedebistas, Acir Gurgacz (PDT-RO), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Eduardo Amorim (PSDB-SE), José Pimentel (PT-CE), Telmário Mota (PTB-RR) e Wellington Fagundes (PR-MT) também respondem a um ou mais inquéritos no Supremo. Nenhum deles, porém, é investigado no petrolão.

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A primeira missão do Conselho de Ética da casa será julgar se o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de pedir e receber propina do frigorífico JBS, quebrou o decoro parlamentar. O tucano está com o mandato suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em razão de denúncias feitas em delação premiada pelo empresário Joesley Batista. A Rede Sustentabilidade pediu abertura de processo contra Aécio.

O parlamentar mineiro é o campeão de inquéritos abertos no STF para investigar se ele se beneficiou do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras: são seis ao todo.

Eleição do presidente

A primeira reunião do novo Conselho de Ética do Senado foi marcada para terça-feira (6). O senador João Alberto Souza (PMDB-MA), membro mais idoso do colegiado, fez a convocação dos demais membros para o encontro nesta quarta.

Na reunião, os senadores vão eleger o presidente e vice-presidente do colegiado. O novo presidente terá a prerrogativa de arquivar a representação contra Aécio ou determinar a abertura do processo que pode culminar na cassação do mandato do senador.

Aécio nega ter pediu ou recebido propina e diz que foi vítima de uma armadilha de Batista, que já tinha o intuito de firmar a delação.

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