O ex-deputado federal Cândido Vaccarezza, preso na sexta-feira (18) pela Polícia Federal na Operação Abate, pediu ao juiz federal Sergio Moro nesta terça-feira (22) que reconsidere sua prisão, alegando enfrentar problemas de saúde. O prazo da prisão temporária de Vaccarezza vence nesta terça e, se a PF ou o Ministério Público Federal (MPF) não pedirem a prorrogação, o ex-deputado pode deixar a carceragem da PF ainda hoje.
Na petição apresentada a Moro, os advogados de Vaccarezza alegam que o ex-deputado encontra-se “em processo de tratamento de um provável câncer de próstata”. Segundo a petição, um exame estava agendado para esta segunda-feira (21) para confirmar o diagnóstico, mas a prisão impediu que Vaccarezza realizasse o procedimento.
Os advogados também explicaram a origem dos R$ 122 mil apreendidos pela PF durante a realização de buscas na casa de Vaccarezza. Segundo os advogados, como o plano de saúde do ex-deputado não cobre seu tratamento, ele precisou pedir dinheiro emprestado a um amigo.
Moro pediu que a PF e o MPF se manifestem caso entendam que seja necessário manter a prisão de Vaccarezza.
Vaccarezza foi líder do PT na Câmara durante os governos Lula e Dilma. Em 2014 não conseguiu a reeleição e em 2016 saiu do PT e se filiou ao PTdoB. Ele foi citado nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O ex-deputado é acusado de atuar na indicação política para cargos na Petrobras.
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