Depois de ser multada em R$ 250 milhões, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por causa do rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG), que até momento, deixou 37 mortes confirmadas e 152 pessoas desaparecidas, a Vale vai receber mais uma multa.
O prefeito de Brumadinho (MG), Avimar de Melo Barcelos (PV), informou neste domingo, 27, que vai multar a Vale em R$ 100 milhões. Ele comunicou a decisão ao presidente da Vale, Fabio Schvartsman, com quem esteve na tarde deste domingo. Segundo o prefeito, Schvartsman garantiu ao prefeito que a empresa daria toda a atenção às vítimas e à cidade. "Mas vai ajudar como?", indagou.
O prefeito também disse que vai exigir da Vale que pague a todos os seus funcionários, mesmo que não estavam trabalhando no momento, além de todo o apoio aos familiares das vítimas. "Esperávamos que a Vale tivesse aprendido uma lição com o que aconteceu em Mariana e deixaram acontecer isso com o nosso município", disse Barcelos.
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Segundo ele, a prefeitura não tem nenhuma responsabilidade com o rompimento da barragem. "Foi responsabilidade da Vale. Uma empresa tão grande como a Vale, que vai deixar o restaurante abaixo da barragem? O plano de contenção é responsabilidade da Vale e do Estado", afirmou.
Outros R$ 11 bilhões foram bloqueados pela Justiça. Depois de bloquear R$ 5 bilhões para a reparação de danos ambientais, a Justiça mineira deferiu liminar neste domingo (27) determinando o bloqueio de outros R$ 5 bilhões da companhia Vale para garantir a reparação dos danos às pessoas atingidas pelo rompimento das barragens da Mina Córrego do Feijão.
No sábado (26), a Justiça já havia acatado pedido do MP do estado e bloqueado R$ 5 bilhões da Vale. O valor seria utilizado para garantir a adoção de medidas emergenciais e a reparação de danos ambientais decorrentes do rompimento da barragem da empresa em Brumadinho. Mais cedo, neste sábado, a Justiça tinha acatado outro pedido, da Advocacia-Geral de Minas Gerais, para o bloqueio de R$ 1 bilhão. Ao todo, os bloqueios chegam a R$ 11 bilhões.
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