A equipe da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) gastou mais de R$ 520 mil com diárias e passagens no primeiro semestre deste ano, o triplo do que os assessores dos outros ex-presidentes usaram, juntos, no mesmo período. A denúncia foi feita pelo jornal O Globo.
De janeiro a junho deste ano, o Palácio do Planalto desembolsou R$ 282.024,80 em diárias e R$ 240.672,49 em passagens para os assessores de Dilma. A equipe dela viajou para pelo menos sete países – Suíça, França, Estados Unidos, Espanha, Itália, Argentina e México – para “denunciar” o impeachment de 2016 que Dilma classifica como “golpe parlamentar”.
No mesmo período, a equipe de Luiz Inácio Lula da Silva custou, com diárias e passagens, R$ 88.543,66; seguido por Fernando Collor, com R$ 78.465,74; Fernando Henrique Cardoso, com R$ 7.670; e José Sarney, com R$ 2.808,04.
Segundo decreto de 2008 assinado pelo próprio Lula, todo ex-presidente tem direito a oito servidores de livre nomeação, além do uso de dois carros. A Presidência paga, por toda a vida dos ex-presidentes, salários, diárias e passagens desses assessores. O combustível e os custos com veículos também estão garantidos. O ex-presidente não tem despesas próprias custeadas.
A assessoria da petista informou que “nenhuma pressão fará com que a presidenta eleita Dilma Rousseff deixe de viajar, interrompa as denúncias sobre o golpe de Estado ocorrido em 2016 e as perversas e nefastas consequências que se abatem sobre a população brasileira”.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião