O governo pretende "ir até o fim" na briga para fazer da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) ministra do Trabalho. É o que garante o deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara. O parlamentar disse ainda não ver problema no fato de Cristiane ser alvo de uma ação trabalhista e usou o argumento “quem não responde por esse tipo de coisa na Justiça?”
"Agora virou algo institucional. Esqueçam a Cristiane Brasil!. É institucional. Vamos questionar um juiz de primeira instância anular um ato do presidente da República", disse Mansur, que fez uma analogia curiosa à situação da nomeada para o Ministério do Trabalho que não consegue tomar posse.
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"Qual o problema da ministra do Trabalho responder ação trabalhista? Ela está pagando, fez acordo. Agora, se for assim, e por essa lógica, ministro da Saúde não pode fumar, ministro dos Transportes não pode ter multa de trânsito. Aí não dá", rebateu Mansur.
O governo decidiu também que irá aguardar o fim do recesso Judiciário para recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região que negou recurso para derrubar liminar que impede a posse de Cristiane no ministério. Prefere que o caso seja levado ao plenário. Temem que a decisão de Cármem Lúcia, que está no plantão do STF, seja de manter a proibição da posse.
Ao defender Cristiane Brasil, Mansur afirmou ainda que há um excesso de ações trabalhistas no país. "Todo mundo sabe que 90% das ações trabalhistas de todo o planeta estão concentradas no Brasil".
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