Mais cinco medicamentos foram incorporados ao programa Farmácia Popular na quinta-feira (29). De acordo com o Ministério da Saúde, os remédios são destinados ao controle de doenças cardiovasculares, diabetes e insuficiência cardíaca. A portaria que trata da inclusão dos novos medicamentos foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (30). O programa distribui remédios à população de forma gratuita.
A expectativa da pasta é de que 2,7 milhões de pessoas sejam beneficiadas. Os novos remédios serão disponibilizados no programa em 30 dias. Confira a lista:
- Besilato de Anlodipino 5 mg (hipertensão arterial);
- Succinato de Metoprolol 25 mg (hipertensão arterial);
- Espironolactona 25 mg (hipertensão arterial);
- Furosemida 40 mg (hipertensão arterial);
- Dapagliflozina 10 mg (diabetes mellitus tipo 2 associada a doença cardiovascular - modalidade de copagamento).
Cortes no programa Farmácia Popular
Em 15 de setembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo federal enviará uma mensagem ao Congresso para reverter o corte de 60% nos recursos da Farmácia Popular. O governo de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, enviou ao Legislativo o Orçamento de 2023 com uma verba de R$ 804 milhões para a Farmácia Popular. Anteriormente, foram destinados R$ 2,04 bilhões ao programa.
Mas Guedes disse que recebeu um telefonema de Bolsonaro e o presidente determinou que a redução no orçamento da Farmácia Popular seja revertida. Para que isso seja possível, o ministro afirmou que vai usar parte dos recursos das chamadas emendas de relator ou então vai buscar outra forma de financiar a distribuição gratuita de medicamentos aos brasileiros.
Já Bolsonaro disse que ninguém será prejudicado pelo corte de recursos do programa Farmácia Popular. Segundo o presidente, o Congresso irá trabalhar na recomposição do orçamento do programa ou, caso contrário, a solução ficará para a o próximo ano.
“Ninguém será prejudicado em nosso governo. Temos recursos porque não roubamos. Tem dinheiro sobrando para atender a tudo isso. Isso será refeito agora pelo parlamento brasileiro. E, se não for possível, nós acertaremos essa questão ano que vem. Ninguém precisa ficar preocupado porque jamais abandonaríamos os mais humildes na busca de um remédio na Farmácia Popular”, disse Bolsonaro à CNN Brasil.
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