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O deputado estadual e líder da bancada do PSB, Carlos Minc
O deputado estadual e líder da bancada do PSB, Carlos Minc| Foto: Divulgação/Alerj

A pedido do deputado estadual e líder da bancada do PSB, Carlos Minc, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sediará uma audiência pública em defesa das “saidinhas” com a presença de ex-traficantes.

A audiência está marcada para a próxima sexta-feira (3) e contará com exposições de Alexandre Mendes, o "Polegar", Amabílio Gomes Filho, o "MB", e Nei da Conceição Cruz, o "Nei Falcão", todos condenados por tráfico. Atualmente, os três exercem atividades ligadas à ONG AfroReggae.

“A audiência, a partir das 10h, na Alerj, foi articulada por mim e o Zé Júnior, do AfroReggae, quando nos encontramos na inauguração da estátua do Betinho, na orla de Botafogo. O AfroReggae trabalha com sucesso na ressocialização de ex-detentos há 25 anos. Hoje, nas nossas prisões, pouco se estuda, pouco se trabalha. Não faltam drogas e celulares, e, de lá, as facções comandam o crime no Brasil. O fim das ‘saidinhas’ fecha uma das portas para a ressocialização. Por sua vez, a PEC do Senado que criminaliza o usuário de drogas vai entupir mais ainda as prisões”, escreveu Minc em seu perfil na rede social X, nesta segunda-feira (29). 

“O encarceramento é um caminho completamente irracional. As prisões são caras e ineficientes. Não se abre uma porta de saída delas, mas se alarga a porta de entrada. Vamos discutir a ressocialização nessa audiência pública — com a presença de representantes da Polícia, da Defensoria Pública — e ouvir as histórias de três ex-traficantes que agora exercem funções no mercado de trabalho; um no cinema, outro no jornalismo e outro como professor. Em tese, o que se almeja no sistema prisional é a ressocialização das pessoas, mas que infelizmente é vista com horror pelos hipócritas e falsos moralistas”, completou o parlamentar.

Aprovado pelo Congresso, o Projeto de Lei que extingue as "saidinhas" - benefício dado aos presos em feriados - foi parcialmente vetado pelo presidente Lula (PT). De acordo com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o petista decidiu pelo veto “por motivos humanitários”.

Em reação, a oposição prometeu derrubar o veto de Lula. A votação sobre o veto estava prevista para a semana passada, mas foi adiada após articulação do governo.

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