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A rápida despedida de Teich: “Não aceitei o convite pelo cargo, mas para ajudar”

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chega nesta sexta-feira à marca de 500 dias de governo com a demissão de Nelson Teich do Ministério da Saúde. Teich ficou menos de um mês à frente da pasta, depois de substituir Luiz Henrique Mandetta. Com isso, o Brasil terá seu terceiro titular da Saúde em meio à pandemia. Mais uma vez, os conflitos com o presidente levaram à demissão.

Bolsonaro tem defendido o fim do isolamento social e chegou a declarar guerra ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e pedir a empresários para “jogarem pesado” com o tucano para impedir o lockdown no estado. O presidente também tem pressionado o Ministério da Saúde para alterar os protocolos sobre o uso da cloroquina para tratamento de pacientes com a Covid-19.

Bolsonaro disse ontem em uma live nas redes sociais que o protocolo do uso da cloroquina em casos de coronavírus do Ministério da Saúde iria ocorrer ainda nesta sexta (15). Bolsonaro questionou o fato do Conselho Federal de Medicina (CFM) recomendar o uso já nos primeiros sintomas, enquanto o protocolo do Ministério da Saúde defende o uso apenas em casos graves.

Há alguns dias, no Twitter, Teich falou sobre o uso da cloroquina “Um alerta importante: a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o “Termo de Consentimento” antes de iniciar o uso da cloroquina”, disse o ex-ministro.

Segundo a revista Veja, a live do presidente foi decisiva para a demissão de Teich.

O escolhido para suceder Teich será a terceira pessoa a ocupar o cargo em meio à pandemia de coronavírus, cujos casos confirmados e mortes estão em ascendência no Brasil. As primeiras informações apontam que o atual número 2 da pasta, o general Eduardo Pazuello, deve assumir a função interinamente. Por outro lado, ele também é um dos cotados a ficar permanentemente na função.

Além dele, outros nomes, que seriam mais alinhados ao pensamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), voltaram a aparecer na bolsa de apostas. Alguns desses nomes, inclusive, já haviam aparecido quando da substituição de Luiz Henrique Mandetta do cargo.

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