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O ex-deputado Jean Wyllys (PT) afirmou que “a última coisa” que quer na vida é “fazer parte” do governo Lula.
O ex-deputado Jean Wyllys (PT) afirmou que “a última coisa” que quer na vida é “fazer parte” do governo Lula.| Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados.

O ex-deputado Jean Wyllys (PT) afirmou nesta sexta-feira (29) que “a última coisa” que quer na vida é “fazer parte” do governo Lula. Nas redes sociais, um usuário disse que “querem derrubar” o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, “para colocar o Jean Wyllys no lugar dele”. O ex-parlamentar negou e rebateu o comentário.

“A última coisa que eu quero nesta vida é integrar este governo. Com todo respeito e amor que tenho a Lula que me convidou para integrá-lo”, respondeu. No início deste mês, Wyllys relatou em entrevista ao podcast Bee40tona que foi convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir um cargo na Secom, assim que retornou ao Brasil. No entanto, segundo o ex-deputado, ele foi vítima de uma campanha de sabotagem articulada por Pimenta.

Para Wyllys, o ministro da Secom usou sua postagem com críticas ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para que o ex-parlamentar fosse considerado “tóxico” e “radioativo” ao governo Lula. “Ele [Pimenta] fez um processo de sabotagem em relação a minha ida para o governo. Ele utilizou o tuíte que eu fiz sobre o Eduardo Leite para isso”, apontou.

Em julho, após Leite anunciar a continuidade do programa de escolas cívico-militares no estado, o ex-deputado criticou a decisão acusando o governador gaúcho de “homofobia internalizada”. Após a repercussão da publicação, o Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre, denunciou Wyllys por suposto crime de injúria contra Leite.

Nesta sexta, Wyllys ressaltou que continua apoiando Lula, mas quando foi convidado para fazer parte do governo ainda não sabia a “verdade dos fatos”. O ex-parlamentar usou a expressão em latim utilizada de forma pejorativa "et caterva" para se referir a Pimenta, que pode ser traduzida como "e seus comparsas".

“Quando cogitei fazer parte foi por convite de Lula e Janja e por ainda não saber a verdade dos fatos. Mas depois de saber, o convite não prosperou, sobretudo porque eu não sou o tipo que se vende nem se cala diante de descalabros. Assim que você, Pimenta et caterva [e seus comparsas] podem fazer bom uso de seus governo e cargos. Enfie-os onde quiserem”, disse o ex-deputado se dirigindo ao usuário que fez o comentário sobre a eventual troca de Pimenta no ministério.

“E me deixem em paz de uma vez por todas! Deixem-me em paz. Eu sigo com Lula até o momento em que suas atitudes não contrariem meus princípios. Até agora isto não aconteceu, logo, sigo com ele. Mas estar em seu governo não me interessa mais de forma nenhuma! De forma nenhuma, entendeu? Esqueçam-me!”, acrescentou o ex-deputado.

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