O ex-ministro Abraham Weintraub, que comandou o Ministério da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PL), foi oficialmente demitido da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) nesta quarta (7) por faltas não justificadas. Ele era professor do Magistério Superior, de acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU).
A exoneração foi publicada na edição do dia do Diário Oficial da União (DOU) e aponta que as faltas ocorreram no período de outubro de 2022 a setembro de 2023. Segundo a CGU, a penalidade foi apurada em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) em razão de “inassiduidade habitual”.
“No PAD, que garantiu o direito à ampla defesa e ao contraditório, foram comprovadas 218 faltas não justificadas ao serviço na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do qual ocupava o cargo de professor do Magistério Superior, no período de outubro de 2022 a setembro de 2023”, diz a CGU em nota.
Ainda segundo o órgão, Weintraub fica inelegível pelo prazo de oito anos. O ex-ministro ainda não se pronunciou sobre a decisão. À Gazeta do Povo, Weintraub afirmou que vai explicar a demissão em uma live às 20h em seu canal no YouTube.
Segundo o Portal da Transparência, Weintraub era professor do magistério superior desde 2014 e deveria cumprir carga horária de 40 horas semanais. Até esta quarta (7), a situação dele era ativa permanente na instituição.
O painel aponta, ainda, que Weintraub lecionou na instituição até o ano de 2018, quando passou a atuar na presidência da República em “cargo de natureza especial” até ser nomeado ministro em abril de 2019 até junho de 2020.
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