Nota da Associação dos Brasileira de Jornalismo Investigativo| Foto: Abraji
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A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) criticou nesta terça-feira (21) os ataques de autoridades ligadas ao governo aos jornais que revelaram o caso da “dama do tráfico”. “É inadmíssivel que autoridades usem suas redes sociais e mobilizem hordas da internet, com a pressão de milhões de seguidores, para promover uma ação massiva descredibilização da imprensa”, escreveu a associação.

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Segundo a Abraji, a prática de insinuar que jornalistas estão sendo pagos para divulgar informações por interesses escusos “se tornou recorrente nos últimos anos e continua sendo usada agora”.

A associação defende que “o direito a crítica é saudável”, porém, não deve ocorrer em “ambientes massacrantes, em que só algumas vozes são ouvidas”. “De forma mais intensa, as redes sociais foram palco para ataques contra os jornalistas Andreza Matais, André shalders e Tárcio Lorena, a quem manifestamos solidariedade. A Abraji se mantém atenta a qualquer agressão a jornalistas”, diz a Abraji.

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Aliados do governo tem tentado abafar as denúncias trazidas pela reportagem do Estadão que revelou as visitas da esposa do líder do Comando Vermelho do Amazonas, no Ministério da Justiça. Eles alegam que se tratam de notícias falsas, embora o veículo tenha rebatido as acusações. Neste domingo, Gleisi citou que uma notícia da Revista Fórum comprovaria que o escândalo era "fabricado" para "fazer parecer que o ministro Flávio Dino [da Justiça] é simpático ao crime organizado".