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O comandante do Exército Brasileiro (EB), general Tomás Paiva, e o ministro da Defesa, José Múcio
O comandante do Exército Brasileiro (EB), general Tomás Paiva, e o ministro da Defesa, José Múcio| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ao falar sobre as operações no Rio Grande do Sul, o ministro da Defesa, José Múcio, disse que os militares e o governo Lula estão em um “absoluto entrosamento”.

O ministro também reclamou do fluxo de notícias nas redes sociais que tem exposto suposta omissão do Estado e denunciado barreiras burocráticas que dificultam a ação de voluntários.

Para o ministro, essas notícias são "fake news" com "produções muito bem feitas".

“Tem muitas pessoas queixosas com esse ambiente das forças armadas, mas hoje nós vivemos um ambiente de absoluto entrosamento entre militares e o governo. Até porque, e eu digo sempre, militares são servidores públicos de farda”, disse o ministro em entrevista à CNN Brasil, no sábado (11).

Em outro trecho da entrevista, Múcio voltou a afirmar que não houve golpe no dia 8 de janeiro de 2023 por conta da ausência das Forças Armadas.

“Aquele 8 de janeiro nos deixou uma sequela muito grande. A esquerda pôs na cabeça que as Forças Armadas tinham interesse pelo golpe. Ficou com queixas. E a direita ficou com muitas queixas porque as Forças Armadas não deram golpe. Eu passei o ano todo de 2023 dizendo que as Forças Armadas não tiveram absolutamente nada a ver com aquilo. Dentro do próprio governo, eu recebi muitas críticas [...] Hoje, eu posso dizer, depois dessas delações do início do ano, que deu-se CPF à suspeição. Quando você não dá CPF, o Exército é o suspeito. Na hora que você diz que foi fulano e beltrano, você liberou o exército", afirmou.

“Nós ultrapassamos isso tudo. Isso tudo já passou. Nós não estamos mais… Podemos dizer com tranquilidade, se nós devemos ao Exército o golpe de 1964, nós devemos ao Exército não ter tido o golpe de 2023. Eu vivi aquilo (1964) nas ruas, nas noites, na madrugada, mas acho que a sociedade brasileira já aceitou", completou.

Em janeiro de 2024, contrariando o discurso do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro afirmou que durante os atos do 8 de janeiro “não havia um líder com quem negociar”.

“Eram senhoras, crianças, rapazes, moças... Como se fosse um grande piquenique, um arrastão em direção à Praça dos Três Poderes”, completou.

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