Em vídeo divulgado nas redes sociais, artistas e indígenas se uniram para pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedindo proteção ambiental e mais ações sobre o tema por parte do governo federal. Insatisfeitos com o avanço de matérias no Congresso Nacional, os artistas criticam especificamente os supostos retrocessos nas políticas ambientais, como a alta nas queimadas e no desmatamento, destruição da flora e da fauna e o suposto “massacre” de indígenas.
“Do lado de lá, os ruralistas estão fazendo muita pressão no governo pra conseguir avançar com seus interesses. Nós precisamos gritar mais alto!”, afirmam os organizadores na publicação. No vídeo, uma das artistas diz que “a gente elegeu esse governo porque ele se pintou de verde”, em referência às promessas feitas por Lula. Durante a campanha eleitoral de 2022, Lula defendeu o fortalecimento de órgãos de fiscalização e o combate a ações prejudicais ao meio ambiente, como garimpo ilegal e desmatamento.
Os artistas montaram ainda um site para divulgar a ação e pedir a assinatura de uma petição que deverá ser entregue ao presidente Lula para reforçar os pedidos por mais proteção ambiental. "Precisamos ser milhares pedindo #PolíticasAmbientaisFICAM para o presidente Lula!", diz o texto publicado no site oficial da ação.
A ação ocorre após a aprovação do PL do marco temporal para demarcação de terras indígenas, na Câmara dos Deputados, e da alteração na organização dos ministérios proposta pelo governo de Lula. A votação das propostas contou com a mobilização da bancada do agronegócio, que garantiu os votos para aprovação das matérias.
Na votação sobre a reestruturação dos ministérios, em especial, as pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas sofreram mudanças que foram criticadas por ambientalistas. O ministério do Meio Ambiente perdeu, por exemplo, o comando sobre a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana). Já no caso do Ministério dos Povos Indígenas, a ministra Sonia Guajajara viu sua competência na demarcação de terras indígenas ser transferida para a pasta da Justiça, de Flávio Dino.
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