O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira (26) que o adiamento da análise da prisão do deputado Chiquinho Brazão, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), segue o regimento interno. E por isso ele garantiu que respeitará o prazo de duas sessões, antes de colocar para votação no plenário.
Brazão foi preso no último domingo (24) por ser um dos suspeitos entre os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Segundo Lira, o caso é complexo, sensível e deve ser tratado com o máximo cuidado, em razão de sua repercussão.
"É um caso difícil e sensível para todos, todos tratam esse assunto com o máximo cuidado. Estamos providenciando para todas as assessorias o material que foi entregue à Câmara para que todos possam se posicionar com zelo e cuidado", completou.
A Câmara foi notificada oficialmente, nesta segunda (25), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a prisão do parlamentar. O ofício aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Como houve um pedido de vista na comissão, a análise do processo fica adiada por duas sessões do Plenário da Câmara. Só a partir da deliberação da CCJ os deputados decidirão se mantêm ou não a prisão de Brazão.
"Enquanto a CCJ não liberar para a apreciação do plenário, não há nenhum prejuízo para o processo e para a investigação, porque o tempo que transcorrer é em desfavor do parlamentar preso, até que o Plenário se posicione”, disse Lira, em entrevista coletiva após a reunião da CCJ.
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