José Rodrigo Sade, advogado do procurador da República Deltan Dallagnol, recorreu às redes sociais para tentar citar o ator José de Abreu em ação judicial que pede indenização por danos morais. Oficiais de Justiça não estariam obtendo sucesso em notificar o ator no endereço dele no Rio de Janeiro. No início do mês, Zé de Abreu já havia comunicado pelo Twitter que estava se mudando com a namorada para Nova Zelândia.
No dia 15 de fevereiro, Sade enviou uma mensagem direta para Zé de Abreu: “Segue sua citação. Número do processo do TJPR e audiência em 01/04/2020 às 13h30 na foto”. Em anexo ao tuíte, o advogado ainda postou uma imagem da página do Processo Judicial Eletrônico. Aparentemente, o ator não respondeu diretamente ao post, o que poderia ser usado como prova de que estava ciente da intimação.
Bastante ativo no Twitter, onde tem 434 mil seguidores, Zé de Abreu fez uma postagem antes do carnaval que foi prontamente respondida pelo advogado do procurador da Lava Jato. Abreu publicou “O Brasil vai acabar!”, ao que José Rodrigo Sade respondeu “Antes disso, volte para sua audiência de 01/04/20 na ação de indenização proposta pelo procurador Deltan”. E novamente postou uma imagem do processo eletrônico.
Ataque à honra
Na ação judicial por danos morais, Deltan Dallagnol pede que a Justiça condene Zé de Abreu a indenizá-lo em R$ 41,8 mil por “constantemente ofender a honra e a dignidade”. No pedido de indenização, Deltan defende o “direito que todo cidadão tem de expressar sua opinião”, mas diz que não pode ficar passivo diante “do ataque maciço contra sua honra e dignidade que vem recebendo constantemente” de Zé de Abreu.
"Ao chamar o Autor de bandido, canalha, bandido sem caráter, vagabundo, verme, bandido da pior espécie, rato, idiota, imbecil, além ainda de associá-lo como membro de um orgcrim (organização criminosa) e dizer canalha, vai para a cadeia, é evidente que o réu (José de Abreu) não exerceu qualquer direito de expressão ou de crítica, mas partiu para deliberado ataque à honra e dignidade do autor, provando ser pessoa que não convive com opiniões diversas, que desrespeita a vida alheia e debocha dos estatutos legais e institucionais do Brasil.", diz trecho da petição apresentada ao Judiciário.
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