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Agressão a Moraes

Suspeitos entregam vídeo gravado no momento da confusão com Moraes, diz jornal

Alexandre de Moraes
Defesa do casal diz que Alexandre de Moraes teria chamado os suspeitos de "bandidos" na gravação. (Foto: André Borges/EFE)

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A defesa do casal Roberto e Andreia Mantovani entregou à Polícia Federal, nesta quarta (19), um vídeo gravado em Roma no momento em que aconteceu a confusão envolvendo o ministro Alexandre de Moraes e o filho no aeroporto internacional da capital italiana, na semana passada.

O advogado Ralph Tórtima, que representa o casal e o genro Alex Zanatta Bignotto, que estava junto na hora, diz que as imagens mostram o ministro chamando os suspeitos de “bandidos”, segundo o jornal O Estado de São Paulo.

De acordo com declaração de Tórtima ao jornal, o vídeo teria sido gravado depois do magistrado ir até a família para retirar o filho da confusão. Quando se aproximou do casal, diz, Moraes teria tirado uma foto da família e dito que a confusão “teria consequências”.

De acordo com ele, um dos integrantes da família perguntou três vezes a Moraes: “o senhor está nos ameaçando?” O ministro teria proferido a palavra “bandidos”, conforme relato da família.

A Gazeta do Povo entrou em contato com Ralph Tórtima para explicar o conteúdo da gravação, mas sem retorno até o fechamento desta reportagem.

As imagens foram anexadas no inquérito investigado pela Polícia Federal e devem ser confrontadas com as gravações do circuito interno do aeroporto de Roma, que serão enviadas pelas autoridades italianas entre esta quinta (20) e sexta (21).

O casal prestou depoimento à PF na terça (18) e negou qualquer tipo de agressão, e que a confusão não teve “conotação política”. O filho do casal também foi ouvido como testemunha do caso. Já Zanatta foi ouvido ainda no domingo (16), pela manhã, e também negou a agressão.

Roberto e Andréia Mantovani foram alvos de uma operação pouco depois da oitiva, na terça (18), para a apreensão de telefones celulares.

Segundo a PF, há uma possível relação entre as agressões e o inquérito dos “atos antidemocráticos”, que corre em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). O delegado Hiroshi de Araújo Sakaki disse que, inicialmente, os crimes atribuídos ao casal são, em tese, “contra a honra e a liberdade pessoal” de magistrado do STF.

No entanto, ele diz que “há elementos indicando uma possível relação com os fatos apurados no Inquérito 4879”, segundo apuração da CNN Brasil e do Metrópoles, por isso teria pedido os mandados de busca e apreensão.

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