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Artefato foi identificado por motorista de caminhão e detonado pelo esquadrão especial da Polícia Militar na véspera do Natal de 2022.
Artefato foi identificado por motorista de caminhão e detonado pelo esquadrão especial da Polícia Militar na véspera do Natal de 2022.| Foto: Andre Borges/Agência Brasília.

A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou nesta quinta-feira (23) um pedido de indenização no valor de R$ 15 milhões contra os três homens condenados pela tentativa de explodir uma bomba nos arredores do Aeroporto de Brasília na véspera do Natal em 2022. A ação civil pública foi protocolada na Justiça Federal do Distrito Federal. O valor deve cobrir o “dano moral coletivo causado pela ofensa à democracia e à segurança aeroportuária”.

Neste ano, foram condenados em primeira instância pela tentativa de explodir a bomba: Wellington Macedo de Souza (6 anos), George Washington de Oliveira Souza (9 anos e 4 meses) e Alan Diego dos Santos Rodrigues (5 anos e 4 meses). Eles cumprem pena no Complexo da Papuda. “Os graves fatos ocorridos no dia 24/12/2022 merecem exemplar punição pelo ordenamento jurídico, para que eventos semelhantes nunca mais voltem a acontecer”, disse o advogado da União Carlos Eduardo Dantas de Oliveira Lima, que atuou na elaboração da ação.

O pedido de indenização, elaborado pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), foi feito com base nas provas dos processos contra os três e no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro que pediu o indiciamento dos três pelos crimes de suposta associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de estado.

Em nota, a AGU afirmou que “além de colocar em risco a vida, a integridade física e o patrimônio de terceiros no dia 24/12/22, véspera de Natal – data em que a circulação de pessoas e bens em aeroportos de todo o país é mais intensa – os três extremistas agiram com o objetivo de causar tamanha comoção social que desencadeasse a decretação de estado de sítio e intervenção militar, de modo a impedir o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, de assumir o cargo – afrontando, desta forma, um valor fundamental da sociedade brasileira: a própria democracia”.

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