O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deu um afago na China nesta sexta (7) durante uma visita ao presidente do país, Xi Jinping, em meio a uma missão oficial com empresários. Ele afirmou que o gigante asiático é inspirador para o Brasil.
Alckmin está em viagem ao longo desta semana assinando memorandos e contratos bilaterais com a China, como financiamento de projetos de infraestrutura prioritários para o Brasil, uma nova versão do Fundo Brasil-China, e um empréstimo de US$ 1 bilhão para ações no Rio Grande do Sul.
“A China é, para nós, inspiradora”, comentou Alckmin ao líder chinês em referência ao “sucesso” da China em reduzir a pobreza no país nas últimas décadas.
O afago foi recompensado por Xi Jinping, que disse que os laços entre o Brasil e a China “vão muito além do âmbito das relações bilaterais e são um modelo para promover a solidariedade e a cooperação entre as nações em desenvolvimento, assim como para a paz e a estabilidade do mundo”.
O vice-presidente manifestou o compromisso do governo brasileiro com o “crescimento inclusivo e sustentável” e o desejo de “fortalecer o alinhamento das estratégias de desenvolvimento” com a China. Alckmin também garantiu que o Brasil está disposto a receber mais empresas chinesas para investir no país, especialmente em áreas como infraestrutura, agricultura, mineração, veículos elétricos e combate à mudança climática.
Geraldo Alckmin também explicou que o Brasil está disposto a trabalhar com a China “para elevar a relação bilateral a novos patamares e contribuir para a construção de um mundo mais pacífico, justo e sustentável”.
Além disso, destacou a defesa comum do multilateralismo e do comércio livre, e o grande potencial e ampla perspectiva para a cooperação bilateral.
O gigante asiático é, atualmente, o maior parceiro comercial do Brasil, com mais de R$ 180 bilhões em comércio bilateral no ano passado. A visita de Alckmin ao país é apontada como um início de conversações para a adesão brasileira à chamada Nova Rota da Seda, iniciativa chinesa para a importação de produtos à nação.
A iniciativa, no entanto, é vista com ressalvas pelos Estados Unidos, que disputa com os chineses uma maior influência principalmente nos países da América Latina. A China é, ainda, o principal parceiro comercial da Rússia – país alvo de sanções internacionais por conta da invasão à Ucrânia.
Em meados de maio, a embaixadora americana no Brasil, Elizabeth Bagley, anunciou que os Estados Unidos está prestes a fechar um acordo para comprar minerais críticos brasileiros, como nióbio, grafite, níquel e terras raras.
Ela alertou para cuidados que o governo brasileiro – e de outros países – devem ter ao negociarem com a China, por questões de “segurança e privacidade”. Ela afirma que os EUA sempre dizem para “negociarem com muito cuidado, com os olhos abertos”, pois “as empresas chinesas fazem parte do governo chinês, não são privadas”.
“Então basicamente dizemos: 'faça o que quiser, é o seu país, mas esteja ciente, porque definitivamente há problemas'”, disparou.
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